Pergunta: Meu supervisor insiste que eu devo adicionar 20 mM de Trietilamina (TEA) em todas as minhas fase móveis para reduzir o efeito cauda., mas eu não vejo o uso de TEA na maioria dos métodos. Ele conhece algum segredo que os outros deveriam saber ?
Resposta (John Dolan): Pelo contrário, ele provavelmente está recomendando o uso de TEA porque ele trabalhou há muitos anos atrás. A função primária da TEA em métodos HPLC de fase reversa é suprimir as interações entre grupos silanóis fortemente ionizados (-Si-OH) presentes na superfície da sílica com analitos alcalinos. Os silanóis ionizados (-Si-O-) serão encharcados pelo excesso de TEA na fase móvel e não vão interagir com os compostos alcalinos e consequentemente não causarão o efeito cauda. O uso de TEA era muito comum nas colunas antigas com sílica de baixa pureza. Estas eram chamadas de Tipo-A ou sílica acidificada. Algumas marcas que podem ser familiares à você são Microbondapak, Nucleosil e Hypersil. Estas marcas de colunas eram as mais utilizadas até o meio da década de 90, mas as colunas de hoje são fabricadas com uma sílica de alta pureza (Tipo-B) que são muito menos acidificadas. Exemplos desta nova tecnologia são as colunas Symmetry, Zorbax StableBond, ACE, e Luna. TEA não é necessário para estas colunas. Eu sou um grande fiel do princípio KISS (Keep It Simple, Stupid) - quanto mais coisas você coloca na fase móvel, mais problemas está querendo arrumar.
Então, respondendo sua pergunta, o que seu chefe recomenda faz muito sentido para as colunas Tipo-A, mas não é mais necessário para as colunas com sílica de alta pureza utilizadas hoje em dia.
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