domingo, 12 de outubro de 2008

Breve História e Definição da Cromatografia Líquida

A cromatografia líquida foi definida no início século XX pelo trabalho do botânico russo, Mikhail S. Tswett. Seus estudos pioneiros foram focados em separar compostos (pigmentos de folhas) extraídos de plantas, utilizando um solvente, em uma coluna empacotada com partículas. Tswett encheu uma coluna de vidro com partículas. Dois materiais específicos que ele achou útil foram pulverizados, giz (carbonato de cálcio) e alumina. Ele derramou a sua amostra (extrato de folhas de plantas homogeneizadas) pela coluna e permitiu que a mistura passasse pelo leito de partículas. Em seguida derramou solvente puro. Como a amostra fluiu através da coluna por gravidade, diferentes faixas coloridas puderam ser vistas separando na coluna de vidro, porque alguns componentes foram se movendo mais rapidamente do que outros. Ele relacionou esta separação das faixas de cores diferentes com os diferentes compostos que estavam inicialmente contidos na amostra. Ele tinha criado uma separação analítica desses compostos baseada nas diferentes forças de atração dos compostos químicos com as partículas. Os compostos que foram mais fortemente atraídos pelas partículas fluíram mais lentamente, ao passo que outros compostos mais fortemente atraídos pelo solvente fluíram mais rápido pelo leito de partículas.
Este processo pode ser descrito da seguinte forma: os compostos contidos na amostra, se distribuem ou particionam de forma diferente entre o solvente, chamado de fase móvel, e as partículas, chamado de fase estacionária. Isto faz com que cada composto passe em uma velocidade diferente, criando assim uma separação dos compostos. Tswett cunhou o nome cromatografia (da palavra grega chroma, que significa cor, e graph, que significa grafia - literalmente, grafia das cores) para descrever o seu colorido experimento. Curiosamente, o nome russo Tswett significa cor. Hoje, a cromatografia líquida, em suas diversas formas, se tornou uma das mais poderosas ferramentas da química analítica.

Fonte: traduzido e adaptado http://www.waters.com/waters/home.htm


8 comentários:

Unknown disse...

otimo blog vou frequentá-lo quero aprender tudo o quanto puder sobre esse método de análise.

Bom se me permite gostaria de tirar uma outra dúvida:

Nós temos vários tipos de cromatografia, com fases estacionárias Sólidas ou Líquidas e fases móveis Líquidas ou gasosas, a minha pergunta é "Por que eu deveria usar um tipo ao inves de outro?" ou seja o que diferencia um do outro?Precisão da análise? Outra questão quando eu uso uma cromatografia líquida a alta pressão esta leva o nome HPLC que em português chamou-se de Cromatografia Líquida de Alta Eficiência a pergunta é por quê a pressão faz a cromatografia ser mais eficiente do que a Líquida sem pressão? DESDE JÁ AGRADECIDO

Ronaldo Buissa Netto disse...

Resumidamente posso te adiantar algumas coisas, mas acompanhe o blog que vou tentar adicionar textos semanais sobre o tema e com certeza vou abordar sobre isso.
Dependendo do tipo de fase estacionária nós teremos um tipo de interação química, como partição ou troca iônica por exemplo.
Já no caso da escolha da técnica (entre GC ou HPLC), o que basicamente determina a escolha é o peso molecular da substância a ser analisada, pois para a análise por gromatografia gasosa é necessário que a amostra seja volátil e consequentemente baixo peso molecular (entre outros fatores). Já a escolha pela técnica de HPLC exige que a amostra seja solúvel na fase móvel, por exemplo.
A sigla HPLC (High Performance Liquid Chromatography) foi traduzida como CLAD (Cromatografia Líquida de Alto Desenpenho) ou CLAE (Cromatografia Líquida de Alta Eficiência). Alguns autores utilizam a sigla HPLC como High Pressure Liquid Chromatography, oque não deixa de ser verdadeiro, mas é menos comum sua utilização.
Sobre a eficiência entre as 2 técnicas não podemos avaliar de forma isolada uma aplicação para dizer que uma técnica é mais eficiente que a outra, mas sim podemos compará-las e citar vantagens e desvantagens das 2 técnicas.

Joel Rocha disse...

Ronaldo

...ótimo blog, sou professor de química analítica e a faculdade que leciono não tem um HPLC, então fico somente nas aulas teóricas. Também não tenho prática estou me esforçando o máximo para que meus alunos tenham uma boa base (infelizmente somente teórica)
Caso tenha algum material que possa me enviar eu agradeceria

Ronaldo Buissa Netto disse...

Olá Jo.rochas,

Me passe um email que poderemos conversar e te passo material para auxiliar suas aulas

Abraço

Juliana Souza disse...

Olá Ronaldo,

Excelente iniciativa. Sou aluna de mestrado em química orgânica e não conheço a técnica muito bem e vou apresentar um seminário sobre o assunto, caso possível, gostaria que me enviasse algum material sobre HPLC. Podemos trocar emails (juliana.maria10@yahoo.com.br).
Abraço

Ronaldo Buissa Netto disse...

Olá Juliana,

Me escreva por gentileza no email do blog e te mando um material que tenho sim, com o maior prazer.

Abraço

Anônimo disse...

Bom dia, ótimo Blog, vc tem algum video sobre esse tema, se tiver passa em meu email por favor thiagothiago10@ig.com.br

Ronaldo Buissa Netto disse...

Boa noite Thiago,

Infelizmente não há muitos víceos sobre o tema, mas se precisar de algum material digital tenho algo que posso compartilhar, dependendo do seu interesse.

Abraço,

Ronaldo